Cascudeando
por ai ..
Na onda de uma Natal
Literária, na onda do Natal em Natal, ressurgem ideias e pensamentos. Natal a
terra dos acontecimentos, e Natal do renascimento. Natal que renasce a cada dia,
e a cada momento. Um nascimento em cada ocupação: por fortes, canhões e artilharia.
E por simples ocupação: por um argumento de posição e geografia. Uma história
de caserna e de campanha. Estratégias internacionais e intercontinentais, com
argumento de benefícios nacionais. Um renascimento por presenças e ausências,
ocupações e desocupações. Um olhar sobre a cidade tal como fez Cascudo. Com um
resumo e uma análise em Cascudeando por ai... Uma visão do Homo natalensis.
Um olhar sobre a Ribeira, onde
hoje ainda, os ônibus urbanos fazem a volta. Em um linguajar local, um
linguajar das ruas, dir-se-ia que os transportes rebolam ali. Ali chegam e
voltam aos seus destinos, que já foram origens, com seus embarques e
desembarque ao longo de um percurso. E até um dia, ali era feita a volta do
bonde, o rebolar do bonde, depois de um subir e descer ladeiras, com chapéus de
passageiros, soprados pelos ventos. O contraste da Cidade Alta e a cidade baixa.
As disputas de Xarias e Canguleiros. O lugar da volta daqueles que chegavam e
partiam, por caminhos ferroviários e rodoviários, e alguns aquaviários,
marítimos ou fluviais. Ribeira onde o mundo de Natal faz a volta. A volta dada
por cima, e para cima. Uma volta e um arribar. A Ribeira ao alcance de Cascudo,
de Augusto Severo, e de Alberto Maranhão. Uma trilogia em Natal, enraizada na
Ribeira. A presença da feira literária, com personagens a sua volta. É preciso
rebolar na pista.
Natal/RN, terra e cidade de
Luís da Câmara Cascudo. Cascudo, Cascudinho e Luís de Natal, alguns nomes que
era conhecido. Um homem, um cidadão, um pesquisador, um escritor, um personagem
de sua própria literatura, em seus livros escreveu a sua história, radicado e
enraizado em sua cidade. Não arredou o pé daqui ou de lá (referenciais de quem
lê ou quem escreve, de quem está aqui ou acolá). A cidade onde existe um poeta em
cada rua, e em cada esquina um jornal, assim Natal foi citada e reconhecida um
dia. A cidade que era a tal. E na tal cidade, nomes são permanentemente relembrados.
E vez por outra o nome de
Cascudo é citado. Segundo Carlos Eduardo, prefeito de Natal, em entrevista ao
vivo na TV (Bom Dia RN, 05/11/15), Cascudo denominava Natal, a cidade Noiva do
Sol, embora naquele momento (07:00 LT), houvesse uma chuva breve e passageira,
com pingos de chuvas denunciados ao vivo em sua camisa, tradicionalmente azul,
como um dia claro pelo Sol, sem nuvens encobrindo o céu matinal. Aqui uma nova
modalidade de informação, conhecimento e pesquisa, uma informação que chega no
momento, e ao vivo. A informação sempre chegou, e o diferencial é que agora pode
ser incluída no momento de uma escrita. A coincidência do momento, da
informação e da escrita. A era da Informação. Uma triangulação, entre Câmara
Cascudo, Aluísio Alves e Carlos Eduardo.
E inúmeras casas remetem uma
memória ao seu nome, o nome de Cascudo: ANL – Academia Norte-rio-grandense de
Letras; IHGRN – Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte;
Instituto Ludovicus e Memorial de Câmara Cascudo; e um tanto de ruas espalhadas
pela cidade. E uma das casas de Cascudo (ANL), acaba de criar um prêmio, dando
referência a outro filho da terra, lembrado e reconhecido em cidades da Grande
Natal, inclusive na capital federal. O prêmio jornalista AA, com pesquisa e
inovação, descobriremos uma nova triangulação.
Mas o momento agora é
literário, com invasões de livros, com autores e editores de outras armas e praças.
Um marco para uma nova ocupação e um novo renascimento: depois da feira de
novembro, e depois do Natal de dezembro. Em janeiro, uma nova Natal.
Em 5/11/15
Entre Natal/RN e
Parnamirim/RN
Texto
anterior: Cascudeando
Texto publicado na Revista
Kukukaya
Ano II | Nº 15 |
setembro/outubro 2015 | pagina 48
Texto
relacionado: Homo
natalensis.
Em 5/11/15
Entre Natal/RN e
Parnamirim/RN
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