sábado, 19 de março de 2016

J News 3


Jerimum News

Jerimum City,  19 de março de 2016
Daluzinha e Datafolha não chegam a acordo.
   As informações de Daluzinha e de Datafolha não coincidem na contagem de crianças.

Daluzinha e suas daluzetes, afirmam que mais de 4 mil crianças compareceram na Convenção de Bruxas, realizada ontem (18/03) na Cidade da Criança. E a Datafolha não concorda com os números, afirmando que as bruxas alteraram as catracas e multiplicaram as crianças que estavam espalhadas pelo parque, criando uma impossibilidade de fazer uma contagem com o uso das fotos. Inúmeros sapos foram vistos saindo do parque.

A Bruxa de Jucurutu faz show acrobático no parque
Na manhã de sexta-feira (18/03/16), a Bruxa de Jucuru, fez um show acrobático, no espaço aéreo da Cidade da Criança. Com pousos, decolagens e manobras.

Saiba mais sobre a Bruxa de Jucurutu, no blog das bruxas Mirnas e Marinas.


A condição ministerial de Lula continua uma novela.

Luís Inácio ou o Lula da Silva, continua a sua novela de entra e sai no seu novo cargo.

 Virada de contação de histórias no IFRN Cidade Alta,

Fridas e sofridas usaram o espaço para um desabafo, e para uma fincar uma bandeira sobre a condição das mulheres ao longo da história.


Serenata ao Luar percorre as ruas do centro em Natal.

Ao som de voz e instrumentos, um grupo de pessoas percorreu a pé pelas ruas do centro de Natal, resgatando os tempos das serenatas. No estilo lento e com direito ao uso de chapéu.



Jerimum News 3
PDF 601
RN 18/03/16
por
Roberto Cardoso (Maracajá)
Branded Content (produtor de conteúdo)


terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

A cidade baseada em planos, e um plano para Natal/RN



A cidade baseada em planos,
e um plano para Natal/RN
 

PDF 577
Natal começou entre disputas, com planos entre portugueses e holandeses, com planos para o comercio e o transporte marítimo. Depois chegaram os franceses e os italianos com aviões e seus planos de voos, interligando os continentes. Assim contam suas histórias, mas podem ter chegado como náufragos, à deriva ou perdidos. E desembarcaram suas bagagens e experiências, deixaram uma genética, que ainda circula nas veias.

E instalaram-se ali os americanos com seus novos planos de voos, em Parnamirim Feeld. Numeraram ruas e avenidas para não se perderem, ao retornar para a caserna. Agora com planos internacionais empresas aéreas internacionais, anunciam a necessidade e a urgência de um HUB, exigindo ou cobrando incentivos. A eterna exploração do que é produzido. Madeira para construção e lenha, e até o QAV, o combustível na nova navegação; portos e aeroportos, para receber suas naves.

Mas voando e navegando, não enxergaram problemas no solo, o lugar onde se pisa. Os problemas de quem pisa e vive no solo, onde é mais comum as areias em forma de dunas alteradas com os ventos. E a genética continua correndo pelas veias, dos novos feitores. De capitão dos mato, chegaram a capitão urbano.

Com planos estaduais anunciam um plano de uma cidade 100% saneada, no caso a capital, esquecendo, ou não pesquisando, que Belo Horizonte/MG e Curitiba/PR, já estão muitos anos na frente. Uma capital cercada por outros municípios e pelo mar, onde jogará seus resíduos? Onde fará coleta de novas águas? A igreja com um plano ecumênico, está se articulando para cobrar o saneamento; com agua potável e agua servida.

Obras subterrâneas que administradores públicos não gostam, já que não dá para fazer marketing no presente e merchandising, em momentos futuros. Bem diferente de praças e parques, pontes e viadutos. Carlos Eduardo, em Natal, colocou um monumento de Niemeyer em cima de um morro, para ver toda a cidade, e para que a cidade o veja. Mas de tão alto o monumento, não é possível avistar os problemas que acontecem em baixo. Fora o seu gabinete enclausurado, carro com película redutora de luminosidade (insulfilm) e ar condicionado. Reduzindo sua capacidade de enxergar a realidade, não enxerga a cidade.

 O prefeito da cidade de Natal ou do Natal, onde já começa uma indefinição, uma disputa ortográfica, anuncia para 2036 a concretização da mobilidade urbana. Depois de inúmeras consultas públicas para conhecer os problemas urbanos, que a prefeitura desconhece, traça planos para um futuro melhor, um futuro calculado em pelo menos vinte anos, fora as intercorrências. Os acidentes de percurso, comuns na engenharia e até na medicina. A cidade sendo planejada para seus netos, andarem livres, com pistas de caminhadas e ciclovias. Talvez digam um dia, foi voinho quem fez.

Um tiro no pé, o anuncio da mobilidade com acessibilidade, baseado em uma insensibilidade urbana. Com um tiro no pé fica-se imobilizado, e alguns engessam ou andam mancando, com bengalas e muletas, até que faça efeito o tempo e a fisioterapia. E além do transito dificultado, os congestionamentos respiratórios. Fatores que levam a comprometimentos futuros.

Com o plano de mobilidade natalense, ainda não se decidiu o que fazer com cavalos, jegues e carroças, disputando espaço em vias e canaletas urbanas. A cidade é um organismo vivo, com vias circulatórias e ventilatórias, alimentando e oxigenando as suas células. Do contrário, as células urbanas crescem modificadas, ou alteradas, constituindo um câncer. Nem o ser vivo, nem a cidade podem parar de se alimentar e respirar, no combate ao câncer, ainda que usem medidas radicais, com leis e regras audaciosas, quimioterapia e radioterapia. E um prefeito é apenas uma célula, em condição privilegiada, com direitos especiais. Não é um cérebro de uma cidade, o corpo e a cidade são holísticos. Não detém um conhecimento, já que não conhece a cidade.

Carlos Eduardo baseado em percentuais estatísticos, anuncia com efusão o alto percentual urbano, nas cidades brasileiras, para justificar seus audaciosos planos. Tirou da cartola os dados informativos do IBGE. E julga ser um momento histórico fazer e planejar fazer, o que já deveria estar pronto e funcionando. O transito é o câncer que evolui para a morte, por asfixia urbana. A cidade ultrapassa as análises percentuais e estatísticas.

Carlos Eduardo já declarou em outro momento, o quanto é difícil brigar com capitais financeiros. O quanto a prefeitura tem dificuldades em embargar obras, principalmente as da orla. Em contrapartida, deverá haver dificuldades em executar desapropriações, caso sejam necessárias. Fora as exclusões dos carros que ocupam as calçadas, e que poderão ter suas pistas reduzidas. E os automobilistas questionarão seus direitos de ir e vir. Ainda que o direito esteja vinculado ao cidadão, e não contempla seus veículos.

Mas ainda faltam a lentidão do processo burocrático e do poder legislativo. Ainda faltam as queimas de neurônios dos engenheiros e dos planos estatísticos. O código de obras e o desenho funcional e artístico. Para não criar poluição urbana e visual. O que é possível fazer, e que se torna impossível constituir, nos pontos de vistas daqueles que se escondem atrás dos espelhos e de insulfilmes. As brigas entre lobbys; brigas entre o poder legislativo e o administrativo, com recursos do judiciário. O corte de verbas e os atrasos nas parcelas. E os imprevistos não previstos.

Com uma coleta de dados, com a pesquisa nas bases. A experiência vivida pelos artistas. Ficam aqui algumas umas sugestões ao prefeito, para sentir a cidade viva: andar de bicicleta, caminhar a pé, entre as quadras, procurando uma calçada; atravessando na faixa, como bom cidadão, mas não confiando nos carros que passam zunindo, desrespeitando o cidadão e as faixas. Não incomodar os amarelinhos ocupados em chamadas de rádio e telefone, mas fazem pose para uma foto. Utilizar ônibus, preferencialmente nas denominadas horas do rush. Participar junto com cadeirantes, em um passeio pelas calçadas, ainda que utilize uma cadeira motorizada. Mas usando uma máscara, usando a cidade como um anônimo. Para não haver benefícios, ou situações preferenciais.



Texto disponível em:


http://www.youscribe.com/catalogue/tous/a-cidade-baseada-em-planos-e-um-plano-para-natal-rn-2700588

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

APAFIS/RN Associação de Pais e Amigos de Fissurados do Rio Grande do Norte

APAFIS/RN
Associação de Pais e Amigos de Fissurados do Rio Grande do Norte


APAFIS/RN
Associação de Pais e Amigos de Fissurados do Rio Grande do Norte



APAFIS/RN
Associação de Pais e Amigos de Fissurados do Rio Grande do Norte




sábado, 16 de janeiro de 2016

As patricinhas de Salt Lake City


As patricinhas de Salt Lake City

PDF 557





No estilo das patricinhas de Beverly Hills, “As patricinhas de Salt Lake City”, ou as gafeiras de Lagoa Salgada. E até as arengueiras de Candelária.

Observar o Rio Grande do Norte (RN) é fazer uma viagem no espaço e no tempo.  Um lugar repleto de culturas e influencias. A ponta do Brasil e entrada do continente, um lugar de passagem para quem chegava ou partia, com as eras de navegações aéreas ou marítimas. Tentou por algum tempo, ser a saída para o espaço, com a instalação da Barreira do Inferno, onde dizem que, quem atendia o telefone era o sargento Jesus.

Viagens e ideias permitidas pelo rádio e televisão. Conversas nas ruas e esquinas, e nas redes sociais. Estórias e histórias de livros, folhetos e revistas. Vestígios, elementos, fatos sociais, históricos e geográficos, podem ser observados entre mesclados e misturados de situações, fatos e pessoas. Um estado mais conhecido por duas letras: RN, a sigla da unidade da federação. O ponto geográfico do continente, ou do pais, como ponto de apoio marítimo ou da aviação. A localização geográfica excelente para quem vem de outro continente. Estrangeiros juram que é interessante ser um HUB, para seus próprios interesses, enquanto caiçaras que vivem do rio ou do vento, ficam acenando, para os que partem ou querem uma vaga no estacionamento.

A situação geográfica permitiu inúmeras influencias, prejudicando uma criação de uma identidade própria, criando uma identidade múltipla, com europeus e americanos. Ruas numeradas estão presentes até hoje no linguajar de Natal/RN. A herança americanizada, para descobrir onde estavam perdidos seus soldados, os de Parnamirim Feeld.

Algumas histórias já foram contatas, na tentativa de entender ou descrever o espaço. Primeiro foi a Dicotomia Natalense, observando estudantes tentarem atravessar uma avenida, onde os carros não oferecem um espaço, ou uma brecha na via, contrapondo com o espaço que as universidades localizadas do outro lado, têm ofertado aos estudantes. Depois foi a Batalha na Avenida Roberto Freire, como um espaço geográfico de batalhas atuais, quando holandeses e portugueses travam uma batalha nas conquistas de estudantes, em busca de um canudo cada vez mais desvalorizado. O conhecimento está literalmente na palma da mão.

E posteriormente foi descrito uma nova versão de um elefante, um paquiderme norte-rio-grandense com o Elephante de Shiva. Também já foi descrita a estratégia de Sant Exupéry, que ao escrever o Pequeno Príncipe inverteu o que viu. Exupéry foi um aviador, do correio aéreo postal, e entre voos e mapas percebeu a semelhança de um elefante com o mapa do RN, como também percebeu o Rio Potengi serpenteando o estado, por dentro do elefante. Inverteu o que viu, e colocou em sua história, um elefante dentro de uma cobra. Uma estratégia de tirar o chapéu, a licença literária da visão geográfica.

Mas voltando para “As patricinhas de Salt Lake City”, ou Lagoa Salgada. Duas patricinhas já haviam sido identificadas, quando foi descrita a nova batalha na antiga estrada de Ponta Negra, que agora tem título de avenida: Dany e Milka. E agora observando as redes sociais, observando diálogos, depoimentos e comportamentos, mais duas patricinhas foram identificadas: Paty e Andy.

Paty e Andy são amigas de um curso secundário, no século passado. Duas brocoiós, uma de Jucurutu e outra de Riachuelo. E entre brincadeiras e disputas, criaram um vocabulário próprio, para fazer batalhas entre as duas arengueiras, ou as duas gafeiras. Talvez seja um grupo, com comedoras de jerimum ou catadoras de aratu. Criaram um linguajar próprio, como estratégias de corrigir ou inibir comportamentos de uma ou de outra, e até mais outras. Criaram o termo gafeira, como o ato de quem comete uma gafe. E até hoje usam o termo consigo, com suas selfies e suas mugangas, estando com a moléstia, merendando um pão doce com caldo de cana, até ficarem empachadas, em alguma cigarreira.



Em 15/01/16

Roberto Cardoso “Maracajá”

Produtor de conteúdo (Branded Content)



Texto disponível inicialmente em:






Textos relacionados:

Na tal cidade


Atualizando o Elephante de Shiva


Americanos e abecedistas na construção histórica de Natal



Recordando uma batalha na avenida Roberto freire


Natal, terra de cobras, serpentes e víboras






Roberto Cardoso “Maracajá”

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As patricinhas de Salt Lake City

PDF 557





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domingo, 8 de novembro de 2015

Festa na FLINstones (Parte 1)


Festa na FLINstones

 (Parte 1)

 PDF 520


Era uma sexta-feira, na semana do dia de finados, semana de lembrar de coisas passadas. E pessoas e ideias; e comportamentos mortos, foram lembrados.  A começar pela manhã, tal como uma aula inaugural, uma explanação e uma exposição verbal, visual e oral, histórica e cultural. O comportamento social do ser humano ao longo da história, desde os tempos do pós-guerra, com os restos de soldados ainda vivos, espalhados pelas ruas e cidades da Europa, depois da Primeira Grande Guerra. Um breve relato com oradora oficial, na Oficina e apresentação de cordel da Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência. Perguntas mais esclarecedoras foram feitas à parte.

E a sexta-feira, também era dia de Festa na FLINstones, coisas que aconteceriam mais tarde, à tarde e no final da tarde. Nunca é tarde para ver e observar, tentar corrigir e aprender.

Muitos soldados entregaram suas vidas à suas mães, suas pátrias e nações. E voltaram da guerra amputados e mutilados. Foram amputados seus membros, por petardos e por uma medicina que não tinha argumentos e instrumentos, não tinha outra opção naquele momento, como recuperar ou preservar braços e pernas estilhaçados. Com anestesias, conhaques, whisky e morfinas, partes humanas foram amputadas, não existiam outras alternativas medicamentosas e alternativas tecnológicas. E a medicina usou como solução, uma intervenção cirúrgica de amputação, antes de maiores complicações ao corpo que sobrara. Este era o conhecimento da época.

Ainda hoje tem sido uma solução, o ato de amputar, trocado por extirpar. A amputação de um câncer, evitando sua proliferação. A retirada de células, tecidos, partes e órgãos atingidos. Com acompanhamentos e convalescências radioterápicas e quimioterápicas. Por muito tempo os dentistas que ainda não eram odontólogos oriundos de universidades, arrancaram os dentes de pacientes, por ainda não conhecerem tratamento de profilaxias e terapias, oral e dental. As estratégias de desfazer-se e eliminar, o que supostamente não tem uma solução. E sua conservação julga-se ser prejudicial. Separar do corpo, extirpar e subtrair. Isolar e não permitir contaminações. Visões e interpretações de miasmas. Separar o joio do trigo. A visão de que uma fruta podre, pode contaminar o resto da caixa. Visões sociológicas e comportamentais, sobre um corpo anatômico e fisiológico.

E soldados amputados voltaram da guerra totalmente desamparados, sem casas e sem membros que os amparassem diante das ruas e das esquinas. Improvisaram bengalas e muletas, sentaram em escadas e escadarias. Fizeram suas casas em ruas e calçadas tentando angariar a comoção alheia, na tentativa de conquistar alguns tostões para prolongar sua existência. Conquistaram a denominação de aleijados, diante da sociedade, que vivia a sua volta, com membros preservados. Eram os excluídos de uma sociedade, os extirpados. Uma sociedade que não tinha soluções para os seus problemas. Faltavam o conhecimento e a aproximação, dos problemas e dos ditos problemáticos.

E a sociedade evoluiu suas visões e suas missões diante daqueles excluídos. Precisou evoluir para receber novos excluídos. A sociedade também age como a medicina, amputando seres da sociedade, enquanto não tem uma ideia, ou uma função para acolhe-los, no denominado sistema produtivo, produzido pelo capitalismo. A industrialização com maquinas e ferramentas forneceria nos produtos e novos excluídos, vítimas de acidentes de trabalho. Vítimas de novas guerras; vítimas do automobilismo. Vítimas por acometimentos de nascença. A preservação da espécie como instinto, oposto ao canibalismo social.

O termo usado para aqueles seres humanos exilados da sociedade foi cada vez mais, se modificando e evoluindo, até chegar uma denominação, de portadores de necessidades especiais. Entendia-se que tinham uma necessidade diferenciada dos demais. E a palavra ‘portar’ ficou como uma cruz para carregar, portar e carregar consigo uma necessidade, uma fragilidade, ocultando uma deficiência, na comparação com o ser humano considerado normal. Mas neste momento a sociedade já admitia escuta-lo. Ouvir suas dificuldades e suas necessidades, a partir do olhar do excluído.

O eterno ato de dominar e excluir, segue em vários parâmetros e várias instâncias. Por um longo tempo, os boletins escolares tinham notas classificadas por letras, A, B, C e D. E os últimos da turma eram carimbados pela letra D, de deficiente, até que mudaram os termos, para outras palavras com letras abreviadas: ‘E’ de Excelente, ‘MB’ de Muito Bom, B de Bom. Os primeiros e os medianos na sala, sob o ponto de vista do professor. Os últimos eram classificados com a letra ‘I’ de insuficiente. Alunos são, ou já foram classificados de zero a cem e de zero a dez. Depois podem ser classificados de graduados e pós-graduados, a segregação institucional do conhecimento.

Uma diversidade de estereótipos, e estes são criados, inventados e encontrados, em vários seguimentos da sociedade. Desde a vida cromossômica, a disputa em ser o primeiro, e os outros descartados.

E os conceitos vão mudando, até que chegue um dia, quando cada um terá o livre arbítrio de fazer suas próprias escolhas. E construir o seu próprio e conhecimento, e não decorar os conhecimentos de outros. Há um novo compromisso social, por CARDOSO, R. em Novo Papel da Comunicação (Informática em Revista | Pag 24 | Edição 104 | novembro de 2015 | Natal/RN | https://issuu.com/facarn/docs/info-edicao104-novembro2015?e=0).

Texto disponível em:


 

 

Em 8/11/15

Entre Natal/RN e Parnamirim/RN

 

por
Roberto Cardoso (Maracajá)
Reiki Master & Karuna Reiki Master
Jornalista Científico
FAPERN/UFRN/CNPq
 
Plataforma Lattes
Produção Cultural
 
Maracajá

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Cascudeando por ai ..


Cascudeando por ai ..

 PDF 518
 
Na onda de uma Natal Literária, na onda do Natal em Natal, ressurgem ideias e pensamentos. Natal a terra dos acontecimentos, e Natal do renascimento. Natal que renasce a cada dia, e a cada momento. Um nascimento em cada ocupação: por fortes, canhões e artilharia. E por simples ocupação: por um argumento de posição e geografia. Uma história de caserna e de campanha. Estratégias internacionais e intercontinentais, com argumento de benefícios nacionais. Um renascimento por presenças e ausências, ocupações e desocupações. Um olhar sobre a cidade tal como fez Cascudo. Com um resumo e uma análise em Cascudeando por ai... Uma visão do Homo natalensis.

Um olhar sobre a Ribeira, onde hoje ainda, os ônibus urbanos fazem a volta. Em um linguajar local, um linguajar das ruas, dir-se-ia que os transportes rebolam ali. Ali chegam e voltam aos seus destinos, que já foram origens, com seus embarques e desembarque ao longo de um percurso. E até um dia, ali era feita a volta do bonde, o rebolar do bonde, depois de um subir e descer ladeiras, com chapéus de passageiros, soprados pelos ventos. O contraste da Cidade Alta e a cidade baixa. As disputas de Xarias e Canguleiros. O lugar da volta daqueles que chegavam e partiam, por caminhos ferroviários e rodoviários, e alguns aquaviários, marítimos ou fluviais. Ribeira onde o mundo de Natal faz a volta. A volta dada por cima, e para cima. Uma volta e um arribar. A Ribeira ao alcance de Cascudo, de Augusto Severo, e de Alberto Maranhão. Uma trilogia em Natal, enraizada na Ribeira. A presença da feira literária, com personagens a sua volta. É preciso rebolar na pista.

Natal/RN, terra e cidade de Luís da Câmara Cascudo. Cascudo, Cascudinho e Luís de Natal, alguns nomes que era conhecido. Um homem, um cidadão, um pesquisador, um escritor, um personagem de sua própria literatura, em seus livros escreveu a sua história, radicado e enraizado em sua cidade. Não arredou o pé daqui ou de lá (referenciais de quem lê ou quem escreve, de quem está aqui ou acolá). A cidade onde existe um poeta em cada rua, e em cada esquina um jornal, assim Natal foi citada e reconhecida um dia. A cidade que era a tal. E na tal cidade, nomes são permanentemente relembrados.

E vez por outra o nome de Cascudo é citado. Segundo Carlos Eduardo, prefeito de Natal, em entrevista ao vivo na TV (Bom Dia RN, 05/11/15), Cascudo denominava Natal, a cidade Noiva do Sol, embora naquele momento (07:00 LT), houvesse uma chuva breve e passageira, com pingos de chuvas denunciados ao vivo em sua camisa, tradicionalmente azul, como um dia claro pelo Sol, sem nuvens encobrindo o céu matinal. Aqui uma nova modalidade de informação, conhecimento e pesquisa, uma informação que chega no momento, e ao vivo. A informação sempre chegou, e o diferencial é que agora pode ser incluída no momento de uma escrita. A coincidência do momento, da informação e da escrita. A era da Informação. Uma triangulação, entre Câmara Cascudo, Aluísio Alves e Carlos Eduardo.

E inúmeras casas remetem uma memória ao seu nome, o nome de Cascudo: ANL – Academia Norte-rio-grandense de Letras; IHGRN – Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte; Instituto Ludovicus e Memorial de Câmara Cascudo; e um tanto de ruas espalhadas pela cidade. E uma das casas de Cascudo (ANL), acaba de criar um prêmio, dando referência a outro filho da terra, lembrado e reconhecido em cidades da Grande Natal, inclusive na capital federal. O prêmio jornalista AA, com pesquisa e inovação, descobriremos uma nova triangulação.

Mas o momento agora é literário, com invasões de livros, com autores e editores de outras armas e praças. Um marco para uma nova ocupação e um novo renascimento: depois da feira de novembro, e depois do Natal de dezembro. Em janeiro, uma nova Natal.

 

Em 5/11/15

Entre Natal/RN e Parnamirim/RN

 
Texto publicado no Substantivo Plural: Cascudeando por ai...


Texto anterior: Cascudeando


Texto publicado na Revista Kukukaya

Ano II | Nº 15 | setembro/outubro 2015 | pagina 48


Texto relacionado: Homo natalensis.


 

 

Em 5/11/15

Entre Natal/RN e Parnamirim/RN

 

domingo, 18 de outubro de 2015

Recordando uma Batalha na Avenida Roberto Freire



Recordando uma Batalha
 
na Avenida Roberto Freire
PDF 508
 
 
DICOTOMIA NATAENSE (*)

PDF 001

Enquanto uns poucos passam velozes, pelas avenidas, em seus carros com nomes atípicos ao nosso vocabulário, outros muitos tentam atravessar as mesmas avenidas, que parecem ter sido construídas apenas para aqueles habilitados a conduzir belos veículos.

Da mesma forma que aqueles muitos hoje dedicam parte do seu tempo investindo em seus futuros, buscando uma oportunidade futura no mercado de trabalho. Também buscam diariamente uma oportunidade de atravessar uma avenida.

Na Av. Eng° Roberto Freire em frente à Faculdade Maurício de Nassau é possível ver a cena, diariamente: dezenas de carros transitando em um vai e vem contínuo e milhares de alunos tentando atravessar a avenida, se esgueirando, se contorcendo e torcendo por uma oportunidade, não só de concluir a sua faculdade, mas também de atravessar a avenida.

Segundo informações ouvidas pelos corredores universitários, autoridades do transito alegam que a poucos metros existe um sinal onde os alunos podem atravessar a avenida. Uma travessia garantida por um semáforo que possibilita atravessar com segurança apenas uma das pistas. E a outra como fazer? Como atravessar? Do mesmo modo que se atravessam as duas pistas em frente à faculdade! Questiono as autoridades competentes e autorizadas no conhecimento da engenharia de transito. Qual o volume diário de pessoas que atravessam usando o sinal próximo ao Supermercado Favorito? É de conhecimento dos seus departamentos? 

Na Faculdade Maurício de Nassau segundo fontes oficiosas, conhecedoras, mas não autorizadas a fornecer a informação, são mais de 3.200 alunos matriculados. É verdade que muitos chegam e saem de carro, de moto ou de carona, ainda assim teremos um número considerável. Mas a faculdade não é só para quem é motorizado. Com tantas oportunidades de crédito educativo, entende-se que não! Uma maioria sem meios próprios de locomoção está presente.

Com funcionários, professores, acompanhantes e transeuntes, algum passageiro incauto necessitando de um transbordo entre coletivos, chegaremos a um número considerável de pedestres atravessando diariamente naquele ponto da avenida. Suponho que muito superior ao contingente que atravessa no sinal próximo do supermercado.

Portanto senhores Engenheiros da engenharia de tráfego façam sua reengenharia e coloquem no local: uma faixa de pedestre, ou um sinal com botoeira, ou uma placa indicativa de travessia de pedestre, ou uma placa indicativa de travessia escolar ou uma placa indicativa para os veículos reduzirem velocidade, ou uma lombada, ou uma lombada eletrônica. Pensem numa solução melhor, sem escamoteamento. Afinal o dinheiro público que paga seus salários é para que pensem e criem soluções.

Qualidade de vida começa com o direito de ir e vir, e para todos! 

Natal/RN 

(*) Texto Publicado:

Novo Jornal em 12/maio/2012 – Natal/RN

Jornal do DCE da Faculdade Mauricio de Nassau em Dezembro/2012 – Natal/RN


 

BATALHA NA AVENIDA ROBERTO FREIRE (**)

PDF 002 
O homem estuda o universo e observa padrões. Estuda o corpo humano, a mente e continua a observar padrões. Analisa a história e também observa padrões.

  Por séculos a humanidade desejou, brigou e guerreou por produtos e coisas tangíveis. Hoje o produto de maior valor é intangível, o bem mais precioso é o conhecimento, a informação.

Quartéis dos poderosos, dos históricos conquistadores de novas terras, em séculos ou décadas anteriores se reencontram em Natal/RN. Simbolicamente, cada com suas estruturas, hábitos e práticas. Holandeses, portugueses, americanos e potiguares se instalam na Avenida Roberto Freire. Recrutam semestralmente novos contingentes, cada qual buscando obter um exército maior, mais competitivo. 

Os quartéis da Roberto Freire, com seus brasões e símbolos heráldicos à frente, exibem-se diante da avenida, mais avançados ou mais recuados, com maior ou menor ângulo de visão e exibição. Dispostos para combate e marcha em posição ou formação de flancos ou pela cabeça (Maquiavel). 

Toda grande universidade ou grande quartel militar está instalada ou localizado em um campus, um espaço grande e aberto para absorver a energia do universo. A Avenida Roberto Freire não disponibiliza grandes espaços, a especulação imobiliária não permite. O campo verde e energético à frente, o Parque das Dunas, é comum á todos, mas o chi ou ch’i, a energia universal corre com muita velocidade pela avenida e há os que sabem usufruir, não deixando a energia fugir, captando o necessário.

Cada nação ali representada prepara um exército que daqui a dois, quatro, ou cinco anos irá levar suas bandeiras á guerra de mercado. Gramsci (1891-1937) enfatizou que a guerra é a máxima concentração nas mãos de poucos, a máxima concentração de indivíduos nos quartéis. 

A avenida observa uma guerra pelo poder do conhecimento, uma disputa pelo campo educacional, cada qual com seus planos de negócios e suas missões. A economia dos bens simbólicos (Bourdieu, 1930-2002) estabeleceu aquela avenida como seu campo de batalha. Não existe lugar melhor da Cidade do Natal/RN para tropas opositoras se encontrarem e se instalarem para uma guerra, uma avenida socialista, ampla com projetos de ampliação e melhoria. Local de batalhas que não haverá mortos e feridos. Cada qual com seu discurso de melhor qualidade, usando argumentos astutos e científicos para persuadir e garantir seus poderes estaqueados na miséria das maiorias, a miséria do conhecimento. Não haverá vencido ou vencedor, mas irá se destacar aquele que tiver o êxito, aquele que enviar a melhor tropa ao front. Não bastará quantidade, mas sim, qualidade, conhecimento, tática e estratégia, em cada especialidade.

Roberto Freire nome de engenheiro e político socialista. Também é nome de um psicólogo renomado, empresta seu nome a importante via urbana da Cidade do Natal. A avenida que liga a região costeira ao interior, permitindo a interiorização das tropas. A avenida que possibilita e facilita o acesso ao campo de pouso e ao comércio. Facilita a movimentação das tropas turísticas acampadas em luxuosos hotéis junto ao litoral da Praia de Ponta Negra. 

As tropas turísticas já chegaram, desembarcaram, e continuam chegando via navegação aérea, em grandes naus tripuladas. Primeiro chegaram os portugueses com suas naus da denominada TAP ou Air Portugal. Agora estão chegando os holandeses nas naus da K Line, em breve chegaram os americanos nas naus da American Airlines, United, Delta e outras. Isto sem contar outros povos localizados no hemisfério norte com tecnologias para cruzar em poucas horas a linha do Equador. 

A China vem se destacando no cenário internacional com a maior população mundial e despontando como grande mercado consumidor e exportador. O RN já prepara o seu novo aeroporto para receber o maior avião de passageiros do mundo o Airbus, A380.

Portugueses e holandeses sempre foram bons navegadores, desde no limiar da Idade Moderna lançavam-se à conquistar novas terras, novas riquezas. Construíam suas próprias naus. Holandeses ainda estão no mercado de navegação com seus Fokers. Aos poucos perderam a posição de liderança na construção de naus para navegação. 

Com o avanço tecnológico, e aumento da demanda de transporte, hoje estes antigos navegadores recorrem ao uso de naus maiores fabricadas por outros povos, inclusive pelo consórcio Inglaterra-França. Duas nações que já tiveram no ápice de importância diante do mundo, montam grandes ônibus aéreos, os Airbus. Os estadunidenses deverão chegar com naus de fabricação própria, seus Boeings.

No século XVII aconteceram guerras holandesas contra os portugueses aqui instalados, as guerras pelo açúcar, o bem tangível da época. Holandeses tentaram controlar as fontes brasileiras de produção. Hoje estes povos deparam-se novamente, aquartelados com seus líderes e opositores do passado em destaque, Estácio de Sá e Maurício de Nassau. 

Estrategicamente entre estes dois que já se enfrentaram no passado, portugueses e holandeses instalados na Avenida Roberto Freire, encontramos um exército de paz ‘UN’ United Nations associado ao exército local os ‘P’ de potiguares. Potiguares, capitaneado por um laureado, palavra que significa eminência ou associação com a glória literária ou militar. É usado para os vencedores do Prêmio Nobel (Wikipédia). 

(**) Texto Publicado:

Jornal de Hoje em 30/julho/2012 – Natal/RN

 

ROBERTO FREIRE, NOTÍCIAS DO FRONT
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Batalha na Avenida Roberto Freire. Notícias do front. Um novo exército entra na batalha. A guerra está declarada, obter a paz significa abdicar da fantasia do lucro máximo, utilizar meios governamentais de custeio do aprendizado. Um aprendizado vendido e oferecido à prestação. Um curso de graduação em nível superior leva em torno de quatro a cinco anos, no mínimo e em sua maioria. Hoje os chamados cursos superiores tecnológicos — CST são concluídos em dois anos, e ainda oferecem certificações parciais antes da certificação final. Ao terminar se faz necessário cursar uma especialização de mais dois anos, opcional, para entrar no mercado de trabalho com algum diferencial.  

 Um novo exército entra na batalha da informação e conhecimento. Com suas instalações recuadas, situadas fora do teatro de operações, faz seu ingresso na batalha através de recursos utilizados durante a Segunda Grande Guerra. Panfletos eram lançados sobre o “inimigo” tentando persuadi-los a se render antes de um ataque maciço. Hoje com avanços de técnicas e estratégias de marketing, outdoors são instalados, promovendo um encobrimento visual de outros. O exército de Cultura e Extensão do RN lança este tipo de petardo, procurando fazer uma cortina na frente do inimigo. 

Em situações de guerra ou conflitos urbanos, cortinas de fumaça são formadas para confundir o inimigo ou agressor facilitando o avanço de tropas. Cortinas também podem ser colocadas para ocultar o estabelecimento de complexos sistemas de relações e mediações criando o que Gramsci (1891-1937) chamou de hegemonia, uma dominação que uma parte da sociedade exerce sobre a outra (Tortorella).

Na Segunda Guerra Mundial, o lançamento de panfletos por meio de aviões foi um dos meios novos de se combater, objetivando manejar e manipular a informação a amigos e inimigos em zonas ocupadas, foi adotado em todos os teatros de guerra. Aviões aliados lançaram milhões de panfletos no decorrer de diversas incursões (Lilian Mascarenhas). Existe uma pista de aviões desativada dentro do Parque da Dunas, uma área militar pertencente ao Exército.

Análise do campo in loco. Kant criticava os filósofos que subiam ao alto de torres para filosofar. Kant afirmava que era impossível filosofar em locais com muito vento, situação característica da cidade do Natal, e do corredor criado pela Avenida Roberto Freire. Ali naquela avenida o chi corre rápido, não há sinuosidade que o segure, que reduza sua velocidade, fazendo com que cada exército de instrução tenha que procurar alternativas ao vento. É necessário conhecer um estudo de ares e climas dos sítios, o climare (Vitrúvio 27 aC).

 Os exércitos produtores de acontecimentos e conhecimentos são obrigados a aumentar doses de ataques. E como aqui acontece uma guerra que não produz nem mortos e nem feridos utilizam as armas de marketing colocando outdoors na frente dos inimigos fazendo-os perderem espaço visual na avenida, ao mesmo tempo em que promovem recrutamento. Buscam belas imagens que passam mensagens subliminares, sabendo que o primeiro enquadramento gráfico é mais potente que o segundo. A cidade está repleta de outdors dos citados exércitos, com imagens em close de formandos e formados, felizes e com traços fisionômicos belos. 

Outro fator importante é o que há por trás dos prédios. Sabemos apenas que a cidade do Natal não é saneada, mas não sabemos como cada um, lida com esta situação, de que maneira estes dejetos são tratados, transferidos e acondicionados. É necessário conhecer um estudo dos sítios, quais os salubres ou quais os pestilentos (Vitrúvio 27 aC). É impossível agregar conhecimento em cima de terrenos insalubres ou pestilentos. Vivemos uma época tecnicista em que só acreditamos no que é visível ao microscópio ou telescópio. Sem acreditar no que possa estar ao nosso lado e simplesmente nossos olhos não vem. Os miasmas que Hahnemann usou como pedra fundamental, para melhor entendimento de sua doutrina foram esquecidos. 

Ambientes insalubres e pestilentos já foram assuntos preconizados por Florence Nightingale (1820-1910). Florence é um marco na história da enfermagem por mudar um paradigma do tratamento de doentes e feridos, inclusive na Guerra da Criméia (1853-1856), da qual participou como voluntária. Florence entendia que o asseio, a limpeza e o cuidado seriam essenciais na recuperação de enfermidades. (Baptista e Barreira). A sociedade está enferma com carência de conhecimento e informação. 

 

 

Conflitos de gênero na Batalha da Roberto Freire (***)
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 Organizações vem enfrentando desafios a tornarem-se e continuarem produtivas tendo condições de manterem-se no mercado. Buscam ambientes flexíveis e adaptados a constantes mudanças. Diversificam seus quadros funcionais tornando-os mais heterogêneos. (Capelle).

No princípio o homem, com seu espírito de aventura e desbravamento abriu os caminhos para novas descobertas. Com o passar dos tempos estes caminhos foram sendo caminhados, repassados e o homem deixou de descobrir e desbravar para voltar onde já tinha ido, e os caminhos tornaram-se trilhas. As trilhas deixaram de ser transitadas somente pelo homem, mas pelo homem e sua prole. As proles se instalaram e formaram as cidades, onde o homem novamente abriu ruas e avenidas. No princípio do Universo era Deus. E o homem é um enviado de Deus. 

A Avenida Roberto Freire, que um dia já foi Estrada de Ponta Negra, foi batizada com um nome que caracteriza o gênero masculino. Nome de uma família da terra, tal como a de Gilberto Freyre, o sociólogo do sertão. Instalaram-se ali as empresas, as escolas, as faculdades e as concessionárias de automóveis. Empresas se instalaram na Roberto Freire. E os poderosos, os donos do saber, donos do conhecimento e donos do poder se apossaram d(a)s instalações. Esqueceram quem detém a informação. A teoria feminista pós-moderna fundamenta-se em tecer críticas ao conhecimento e a informação (Callas & Smircich, in Capelle)

O homem, gênero masculino e não espécie conduz a empresa com um (a) administração ortodoxa, tradicional, baseada em conceitos e afirmações, com inflexibilidade. O mundo, o universo tem que estar em equilíbrio de forças e energias. 

Uma empresa para atingir o seu público alvo, o seu cliente é necessário estar em equilíbrio com estas forças e energias. É necessária uma administração holística. Para alcançar a gestão de qualidade é necessário ter qualidade de gestão.  

Mas os homens, cuja vida terrestre é breve, por não saberem harmonizar as causas dos tempos idos, e das gentes que não viram nem conheceram, com as que agora veem e experimentam e, como também veem facilmente o que no mesmo corpo, na mesma hora e lugar convém a cada membro, a cada tempo, a cada parte e a cada pessoa, escandalizam-se com as coisas daqueles tempos, enquanto aceitam as de agora. (Santo Agostinho)

Hoje a partir da linha de pesquisa da Avenida Roberto Freire no RN encontramos de um lado da via, justamente do lado onde podemos ainda encontrar sinais da Mãe Natureza com sua fauna e sua flora mesmo por cima das areias ou terras formadas pelas dunas uma reserva natural com resquícios da Mata Atlântica. Onde quem sabe talvez os cientistas descubram que por baixo daquelas dunas há um grande cetáceo. Encontramos ali diversas coordenadoras de cursos em uma universidade federal conduzida por uma Reitora, numa cidade administrada por uma Prefeita que por sua vez tem uma Governadora que faz parte de uma Federação presidida por uma Presidenta.

Não é à toa que o símbolo representativo do sexo feminino é um círculo com uma cruz voltada para baixo, posicionada como uma intenção de fixar, de ancorar à Terra. Ao contrário o homem tem como símbolo uma seta voltada para cima dando uma noção de antena como uma das hastes da seta (antena) voltada ao universo e a outra voltada para a superfície da terra. Recebendo mensagens e informações do espaço e retransmitindo a quem está na superfície terrestre. Fazendo a conexão, um link do Universo com a Terra.

(***) Texto Publicado:

Jornal de Hoje em 20/agosto/2012 – Natal/RN

 Jung na Batalha da Roberto Freire
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Uma análise junguiana da Batalha na Roberto Freire. Carl Gustav Jung ou simplesmente Jung foi um psiquiatra suíço que viveu entre 1875 e 1961, fundador da psicologia analítica, ou psicologia junguiana. (Wikipédia). Atendendo a um convite prefaciou a primeira edição inglesa do I Ching - O livro das mutações. Fato que não aconteceu com a edição alemã. Jung pesquisou os arquétipos na formação do indivíduo

Os portugueses no século dos descobrimentos viviam à margem do rio Tejo próximo ao mar tal como a Estácio se posiciona na Roberto Freire. Uma conhecida música portuguesa que diz que ‘navegar é preciso viver não é preciso’ e hoje navegamos na internet. Navegaram pelos mares desconhecidos e sempre procuravam uma formação geográfica natural para abrigar suas embarcações do mar aberto e do mau tempo. Baía de Guanabara e Angra dos Reis no Estado do Rio de Janeiro, Baía de Todos os Santos na Bahia, Santos e São Vicente no litoral paulista, são alguns exemplos.

Holanda também conhecida por países baixos, e holandeses instalaram-se no Brasil, justamente numa cidade com uma barreira natural, junto à praia, os arrecifes. Uma barreira natural para proteger suas embarcações, mas também um impedimento a alguém posicionado na praia de olhar o mar e avistar a linha do horizonte, tal como seu país com suas terras abaixo do nível do mar, não sendo possível ver o horizonte, a linha formada pelo céu encontrando com o mar. Instalou-se em um prédio mais alto que a maioria das construções ali encontradas no logradouro público. Diante dos ventos no RN, lembrado os moinhos existentes na Holanda para fazer uso da energia eólica que bombeia diuturnamente a água que invade seu território. E procurando um novo prédio para futuras e novas instalações, um prédio abaixo da do nível pista da avenida.

Os americanos ampliaram seu território a custa de guerras e extermínio de índios nativos e formaram um país com acesso a dois oceanos. Com a frente voltada para a Europa de onde vinham as informações e o conhecimento. E com os fundos voltados ao mundo denominado oriental, com suas tradições e empirismos, optaram por uma ciência estatística e pragmática. Colhem suas frutas do quintal na região denominada Califórnia, onde produzem boas frutas e correm o risco de se tornar uma bagunça devido a falha de Santo André. Instalaram a capital em Washington DC, que se traduz por Distrito de Columbia ou seria um direcionamento do mundo, Depois de Cristo? O mundo passou a olhar, a nortear suas ideias e pensamentos. Fato criticado por Paulo Freire que dizia que o Brasil deveria sulear e não nortear, entendendo que não se referia a agulha de uma bússola este norteamento, mas sim, olhar para o norte, para América do Norte.

Na Roberto Freire ainda podemos encontrar outros povos disputando outros serviços. Brasileiros e Holandeses no mercado do varejo de combustível. França no ramo de supermercados. Alemães e orientais na revenda de veículos. O homem desde as épocas remotas instalava-se ao redor de poços, junto à costa e à margem de rios, sempre onde existe água. Hoje vivemos a Nova Era e a Roberto Freire um rio, é um canal de energia.

 

MARKETING DE GUERRA NA BATALHA DA ROBERTO FREIRE (****)
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Século passado, Segunda Guerra Mundial, o lançamento de panfletos por aviões foi um dos meios de se combater, manejando e manipulando a informação de amigos e inimigos em zonas ocupadas, nos diversos teatros de guerra. E as mesmas armas estratégicas de marketing não poderiam faltar na Batalha da Avenida Roberto Freire.

Milhões de panfletos foram lançados por aviões no decorrer da última Guerra Mundial (Lilian Mascarenhas). Existe uma pista de aviões desativada dentro do Parque das Dunas, uma área militar pertencente ao Exército, protegida por leis federais. Lançar panfletos pela Avenida Roberto Freire poderia acarretar prejuízos na fauna e flora do parque, uma multa pela prefeitura e descrédito das faculdades. As estratégias são os outdoors. Produzidos por recursos humanos. Os exércitos produtores de acontecimentos e conhecimentos, outras faculdades que não se encontram no teatro de guerra, a Avenida, são obrigados a aumentar doses de ataques. E como aqui acontece uma guerra que não produz nem mortos e nem feridos utilizam as armas de marketing colocando outdoors em espaços à frente dos inimigos fazendo-os perderem espaço visual na avenida, ao mesmo tempo em que promovem um recrutamento. 

Em atitude desesperadora, com a carga emocional trazida pelo fim do milênio (in Nivaldo Junior). Buscam belas imagens que passam mensagens subliminares, sabendo que o primeiro enquadramento gráfico é mais potente que o segundo. Não só a cidade, mas a avenida está repleta de outdors dos já citados exércitos, desta batalha, com imagens em close de formandos e formados, felizes, com traços fisionômicos belos. Ao mesmo tempo em que especialistas oferecem novas estratégias de inovação em recursos humanos.

Um avião americano de patrulhamento e pesquisa vem sobrevoando a região de Natal e Parnamirim ultimamente, o P-3 Orion. A grande vedete das novas carreiras implantadas, em novos cursos, remete a imagens de guerra, Florence Nightingale (1820-1910). Florence é um marco na história da enfermagem por mudar o paradigma no tratamento de doentes e feridos, participou como voluntária na Guerra da Criméia (1853-1856). Um símbolo brasileiro tornou-se ícone da nossa enfermagem, Ana Nery (1814-1880), participou como voluntária da Guerra do Paraguai, onde acompanhou os filhos (in Baptista e Barreira). Nightingale percebia e entendia que o asseio, a limpeza e o cuidado seriam essenciais na recuperação de enfermidades, pouco a pouco a ciência foi justificando as razões. A Missão Rockfeller troxe este novo modelo de cuidados no Brasil, durante o governo de Getúlio Vargas (in Franco Santos), foi a presença americana no Brasil tal como acontecida na Segunda Grande Guerra. A sociedade está enferma com carência de conhecimento e informação. Um novo paradigma se faz necessário.

Ainda vivemos uma época tecnicista em que só acreditamos no que é visível. Em coisas visíveis, e nas inalcançáveis, sob lentes de microscópio ou telescópio. Pelo mundo espalhou-se que o mundo terminaria em 2012, Hércóbulos ou planeta vermelho (in Rabolú), calendário Maia e Nibiru foram algumas citações. Não acreditamos no que possa estar ao nosso lado ou simplesmente nossos olhos não vem. O mundo que conhecíamos está acabando, com uma enorme velocidade dos acontecimentos e informações, surge a Nova Era.

 (****) Texto Publicado:

Jornal de Hoje em 27/agosto/2012 – Natal/RN